Mais uma pré-época que começa e todas as atenções estão focadas nos novos reforços, símbolo de esperanças renovadas.
Mas vindo do covil das figuras míticas que povoam as nossas fantasias, surge novamente um jogador com capacidades extra ordinárias.
Podemos vê-lo a conduzir uma bola colada no pé, mas só se tivermos muito atentos, caso contrário só nos apercebemos de um vulto a deambular pelo campo. A sua corrida portentosa deixa os adversários para trás, muitas vezes de joelhos, com pedaços da sua camisola rasgada na mão, por tentativas frustradas de o parar. Vemos as suas chuteiras cravar os pitões na relva e levantar pedaços de terra a cada passada. E de quando em quando vê-mo-lo inclinar ligeiramente o corpo para a direita, para contra balançar o peso da sua perna esquerda chuta-misseis que se prepara para mais um ataque balístico.
E no meio de todo este espectáculo encontramos uma figura triste. Encontramos aquela figura vitima da sua frustração e pequenez que tenta vingar-se daqueles que são grandes. Aquele que antigamente vestia de negro e que passou a vestir de amarelo, mas que manteve a sua pequena figura. E o Hulk é geralmente o seu alvo preferido, pois ele é naturalmente o centro das atenções.
É pena. O Hulk poderia ser grande, muito grande, mas nunca o poderá ser enquanto existirem figuras pequenas, muito pequenas a controlarem o destino de um jogo com um apito na boca.
RP